Deus - Quem é ele? - Capítulo 4
Deus - Quem é ele? - Capítulo 4

 

Deus — quem é Ele?

EM TODO O MUNDO, muitos deuses são adorados. Nas religiões xintó, budista, hindu e tribais há milhões de deuses. Nos dias dos apóstolos de Jesus adoravam-se deuses tais como Zeus e Hermes. (Atos 14:11, 12) Portanto, a Bíblia concorda que há “muitos ‘deuses’”, mas ela diz também que “para nós há realmente um só Deus, o Pai, de quem procedem todas as coisas”. (1 Coríntios 8:5, 6) Se alguém lhe perguntasse: ‘Quem é este Deus?’, que responderia?

Muitos respondem: ‘Ele é o Senhor.’ Ou talvez digam: ‘Ele é um espírito no céu.’ Um dicionário chama a Deus de “O Ser Supremo”. Quando se lhes pergunta: ‘Qual é o nome de Deus?’, alguns respondem: ‘Jesus.’ Outros não acham que Deus seja uma pessoa, mas sim uma força poderosa presente em toda a parte. E há mesmo os que duvidam da existência de Deus. Podemos ter certeza de que ele existe?

DEUS EXISTE REALMENTE

Quando você olha para uma bela casa, já se perguntou quem a construiu? Se alguém lhe dissesse que ninguém construiu a casa, mas que ela simplesmente veio sozinha à existência, acreditaria nisso? Claro que não! Conforme disse certo escritor da Bíblia: “Cada casa . . . é construída por alguém.” Todos sabem disso. Então, não podemos aceitar a conclusão lógica a que chegou o escritor bíblico: “Quem construiu todas as coisas é Deus”? — Hebreus 3:4.

Pense no universo com os seus muitos bilhões de estrelas. Contudo, todas elas orbitam nos céus segundo leis que as mantêm numa relação perfeita entre si. “Quem criou estas coisas?” foi uma pergunta feita há muito tempo. A resposta dada tem sentido: “Foi Aquele que faz sair o exército delas até mesmo por número, chamando a todas elas por nome.” (Isaías 40:26) Certamente, seria tolice pensar que os bilhões de estrelas simplesmente se criaram sozinhas, e que, sem qualquer orientação, constituíram os grandes sistemas estelares que se locomovem numa ordem tão maravilhosa! — Salmo 14:1.

Este altamente organizado universo não pode simplesmente ter surgido sozinho. Era preciso um Criador inteligente com grande poder. (Salmo 19:1, 2) Um empresário a quem se perguntou por que ele cria em Deus explicou que, na sua fábrica, leva dois dias para uma moça aprender a montar as 17 peças dum moedor de carne. “Eu sou apenas um simples fabricante de cutelaria”, disse ele. “Mas eu sei que você pode sacolejar numa tina as 17 peças dum moedor de carne durante os próximos 17 bilhões de anos sem nunca sair disso um moedor de carne.” Este universo, inclusive as muitas formas de vida na terra, é muitíssimo mais complicado do que um moedor de carne. Se tal máquina requer um fabricante hábil, podemos ter a certeza de que se precisou dum Deus Todo-poderoso para criar todas as coisas. Não devemos atribuir a ele o mérito pelo que fez? — Revelação (Apocalipse) 4:11; Atos 14:15-17; 17:24-26.

É DEUS REALMENTE UMA PESSOA?

Embora a maioria das pessoas digam que crêem em Deus, muitas não acham ser ele realmente uma pessoa. Será que é uma pessoa? Ora, é óbvio que onde há inteligência há um cérebro num corpo de forma específica. Portanto, o grande intelecto responsável por toda a criação pertence a uma grande Pessoa, o Deus Todo-poderoso. Embora ele não possua um corpo material, tem um espiritual. Uma pessoa espiritual tem corpo? Sim, a Bíblia diz: “Se há corpo físico, há também um espiritual.” — 1 Coríntios 15:44; João 4:24.

Visto que Deus é uma pessoa com um corpo espiritual, deve ter um lugar para morar. A Bíblia nos diz que os céus são “o lugar estabelecido de morada” de Deus. (1 Reis 8:43) Somos também informados de que “Cristo entrou . . . no próprio céu, para aparecer agora por nós perante a pessoa de Deus”. (Hebreus 9:24) Alguns humanos serão recompensados com a vida no céu, junto a Deus, ocasião em que receberão um corpo espiritual. A Bíblia diz que verão então a Deus e também serão semelhantes a ele. (1 João 3:2) Isto também mostra que Deus é uma pessoa e que ele tem um corpo.

Mas, alguém talvez pergunte: ‘Se Deus é realmente uma pessoa que mora em certo lugar no céu, como é que ele pode ver tudo o que acontece em toda a parte? E como pode seu poder ser sentido em toda a parte do universo?’ (2 Crônicas 16:9) Ser Deus uma pessoa de modo algum limita seu poder ou sua grandeza. Tampouco deve diminuir nosso respeito por Ele. (1 Crônicas 29:11-13) Para ajudar a compreender isso pense nos efeitos de amplo alcance duma usina elétrica.

A usina elétrica está em determinado lugar. Mas a sua eletricidade é distribuída em toda uma região, fornecendo luz e energia. Com Deus é similar. Ele está nos céus. (Isaías 57:15; Salmo 123:1) Contudo, seu espírito santo, que é a sua invisível força ativa, pode ser sentido em toda a parte, em todo o universo. Por meio do seu espírito santo, Deus criou os céus, a terra e todas as coisas viventes. (Salmo 33:6; Gênesis 1:2; Salmo 104:30) Para criar essas coisas, Deus não precisava estar presente em pessoa. Ele pode enviar seu espírito, sua força ativa, para fazer o que quiser, mesmo que ele esteja longe. Que Deus maravilhoso! — Jeremias 10:12; Daniel 4:35.

A ESPÉCIE DE PESSOA QUE DEUS É

É Deus o tipo de pessoa que passaríamos a amar, se o conhecêssemos bem? Pode ser que diga: ‘Talvez. Mas visto que não podemos ver a Deus, como podemos chegar a saber algo sobre ele?’ (João 1:18) A Bíblia mostra um modo de fazer isso, dizendo: “Pois as suas qualidades invisíveis são claramente vistas desde a criação do mundo em diante, porque são percebidas por meio das coisas feitas, mesmo seu sempiterno poder e Divindade.” (Romanos 1:20) Portanto, se realmente examinarmos as coisas que Deus criou e refletirmos nelas, elas poderão ajudar-nos a entender como Deus é.

Conforme já vimos, uma olhada para os céus estrelados certamente nos ajuda a perceber a grandiosidade e o tremendo poder de Deus! (Salmo 8:3, 4; Isaías 40:26) Considere também a terra. Deus colocou-a nos céus de modo que obtivesse a quantidade exatamente certa de calor e luz do sol. E considere o ciclo da água. A chuva rega a terra. A água flui para os rios, os quais correm para os mares. O sol faz subir a água dos mares em forma de vapor, o qual cai para novamente regar a terra. (Eclesiastes 1:7) São muitos os ciclos maravilhosos que Deus pôs em operação para prover alimento, abrigo e tudo o que o homem e os animais precisam! E o que nos dizem todas essas coisas maravilhosas sobre a espécie de pessoa que Deus é? Que ele é um Deus de grande sabedoria, que é muito generoso e cuida de suas criações. — Provérbios 3:19, 20; Salmo 104:13-15, 24, 25.

Considere o seu próprio corpo. É evidente que foi feito para mais do que apenas viver. Foi projetado maravilhosamente para deveras usufruir a vida. (Salmo 139:14) Nossos olhos enxergam não apenas em preto e branco, mas em cores, e o mundo está cheio duma abundância de cores para nosso deleite. Podemos cheirar e saborear. Portanto, o comer não é apenas uma função necessária; pode ser delicioso. Esses sentidos não são absolutamente necessários à vida, mas são as dádivas dum Deus amoroso, generoso e atencioso. — Gênesis 2:9; 1 João 4:8.

Um exame de como Deus lida com a humanidade também mostra que espécie de Deus ele é. Ele tem um forte senso de justiça. Não mostra favoritismo para com certas raças de pessoas. (Atos 10:34, 35) É também misericordioso e bondoso. A Bíblia diz a respeito de seu procedimento com a nação de Israel, que ele libertou da escravidão no Egito: “Ele foi misericordioso; . . . ele se lembrava de que eram carne.” Os israelitas, porém, foram muitas vezes desobedientes, e isso causou tristeza a Deus. Conforme diz a Bíblia: “Faziam-no sentir-se magoado . . . e penavam ao próprio Santo de Israel.” (Salmos 78:38-41; 103:8, 13, 14) Por outro lado, quando seus servos são obedientes às suas leis, Deus se alegra. (Provérbios 27:11) Deus descreveu também como se sente quando seus servos sofrem às mãos de inimigos: “Aquele que toca em vós, toca na menina do meu olho.” (Zacarias 2:8) Não se sente induzido a amar um Deus que tem tanta afeição pelos humanos humildes e insignificantes de todas as raças e povos? — Isaías 40:22; João 3:16.

SERÁ QUE DEUS É JESUS OU UMA TRINDADE?

Quem é este maravilhoso Deus? Alguns dizem que seu nome é Jesus. Outros dizem que ele é uma trindade, embora a palavra “trindade” nem apareça na Bíblia. Segundo o ensino da Trindade, há três pessoas em um só Deus, quer dizer, há “um só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo”. Muitas organizações religiosas ensinam isso, embora admitam que seja “um mistério”. São corretos tais conceitos sobre Deus?

Ora, disse Jesus alguma vez que ele era Deus? Não, ele nunca disse isso. Antes, é chamado de “Filho de Deus” na Bíblia. E ele disse: “O Pai é maior do que eu.” (João 10:34-36; 14:28)Também, Jesus explicou que havia algumas coisas que nem ele, nem os anjos sabiam, mas apenas Deus. (Marcos 13:32) Além disso, em certa ocasião Jesus orou a Deus, dizendo: “Ocorra, não a minha vontade, mas a tua.” (Lucas 22:42) Se Jesus fosse o Deus Todo-poderoso, ele não oraria a si mesmo oraria? De fato, as Escrituras dizem após a morte de Jesus: “A este Jesus, Deus ressuscitou.” (Atos 2:32) De modo que o Deus Todo-poderoso e Jesus são claramente duas pessoas distintas. Mesmo após a sua morte, e ascensão aos céus, Jesus ainda não é igual ao seu pai. — 1 Coríntios 11:3; 15:28.

‘Mas não é Jesus chamado de deus na Bíblia?’ poderá perguntar alguém. Isto é verdade. Contudo, Satanás também é chamado de deus. (2 Coríntios 4:4) Em João 1:1, que chama Jesus de “a Palavra” ou “o Verbo”, algumas traduções da Bíblia dizem: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Mas, note que o versículo 2 diz que o Verbo “estava no princípio com Deus”. E embora os homens tenham visto a Jesus, o versículo 18 diz que “Deus nunca foi visto por alguém”. (Almeida) De modo que verificamos que algumas traduções do versículo 1 apresentam a idéia correta da língua original, quando dizem: “A Palavra estava com Deus, e a Palavra era divina”, ou era “um deus”, quer dizer, a Palavra ou o Verbo era alguém divino, poderoso. (Uma Tradução Americana, em inglês) É evidente que Jesus não é o Deus Todo-poderoso. De fato, Jesus chamou seu Pai de “meu Deus” e de “o único Deus verdadeiro”. — João 20:17; 17:3.

Quanto ao “Espírito Santo”, a suposta terceira Pessoa da Trindade, já vimos que não se trata duma pessoa, mas da força ativa de Deus. João, o Batizador, disse que Jesus batizaria com espírito santo, assim como João batizava em água. Portanto, assim como a água não é pessoa, tampouco o espírito santo é pessoa. (Mateus 3:11) O que João predisse cumpriu-se depois da morte e ressurreição de Jesus, quando o espírito santo foi derramado sobre os seguidores deste, reunidos em Jerusalém. A Bíblia diz: “Todos eles ficaram cheios de espírito santo.” (Atos 2:4) Ficaram eles “cheios” duma pessoa? Não, mas ficaram cheios da força ativa de Deus. Os fatos tornam assim claro que a Trindade não é ensinada na Bíblia. Na realidade, muito antes de Jesus andar na terra, adoravam-se deuses em grupos de três, ou trindades, em lugares tais como os antigos Egito e Babilônia.

O NOME DE DEUS

Sem dúvida, todos os seus conhecidos têm um nome. Deus também tem um nome pessoal para distingui-lo de todos os outros. Alguém talvez pergunte: ‘Mas o nome dele não é “Deus”?’ Não, porque “Deus” é apenas um título, assim como “Presidente”, “Rei” e “Juiz” são títulos. Aprendemos o nome de Deus na Bíblia, onde aparece umas 7.000 vezes. Por exemplo, na versão de João Ferreira de Almeida, edição revista e corrigida, o Salmo 83:18 reza: “Para que saibam que tu, a quem só pertence o nome de JEOVÁ, és o Altíssimo sobre toda a terra.” O nome de Deus é também encontrado na maioria das Bíblias em Revelação (Apocalipse) 19:1-6 como parte da expressão “Aleluia” ou “Hallelujah”. Isto significa “louvai a Já [Jah]”, que é uma forma abreviada de Jeová.

Alguns ficam surpresos de ver o nome de Deus na sua Bíblia. Isto se dá muitas vezes porque a Bíblia deles é uma daquelas que raras vezes usa o nome de Deus. Por exemplo, a versão Almeida, revista e corrigida, usa o nome “Jeová” apenas algumas vezes, como em Deuteronômio 3:24, Salmo 83:18, Isaías 12:2, Ezequiel 39:13, e outros. Contudo, na edição atualizada no Brasil quando esta Bíblia verte o nome de Deus pelo título “Senhor”, ela coloca este título em letras maiúsculas [SENHOR], diferenciando-o assim da palavra “Senhor” comum. Veja isso no Salmo 110:1.

Talvez pergunte: ‘Mas por que não se usa o nome de Deus em cada lugar em que ocorre no texto original da Bíblia? Por que se costuma usar o título SENHOR em lugar dele?’ Em seu prefácio, a Versão Normal Americana (em inglês) explica por que usa o nome Jeová e por que motivo não se usou este nome por muito tempo: “Os Revisores Americanos, após cuidadosa consideração, chegaram à convicção unânime de que a superstição judaica, que considerava o Nome Divino sagrado demais para ser pronunciado, não mais devia predominar na versão inglesa ou em qualquer outra . . . Este nome pessoal, com a sua abundância de conotações sagradas, foi agora restabelecido, no texto sagrado, no lugar que indubitavelmente pode reivindicar.” Sim, homens que traduziram essa Bíblia para o inglês acharam que os motivos pelos quais se omitira o nome de Deus não eram bons. Por isso o recolocaram na Bíblia nos seus devidos lugares.

No entanto, há alguns que argumentam que a palavra “Jeová” não devia ser usada, porque não é realmente o nome de Deus. Por exemplo, a versão católica Douay (em inglês), que não usa o nome de Deus no texto principal, diz na sua nota sobre Êxodo 6:3: “Alguns modernistas formularam o nome Jeová . . . a verdadeira pronúncia do nome, que consta no texto hebraico, pelo longo desuso, já foi praticamente perdida.”

Sim, conforme esta Bíblia católica diz, o nome de Deus aparece no texto hebraico, sendo o hebraico a língua em que os primeiros 39 livros da Bíblia foram escritos. Nele, o nome é representado por quatro letras hebraicas: IHVH. Na antigüidade escrevia-se a língua hebraica sem vogais, que são letras tais como a, e, i, o, u, que nos ajudam a pronunciar corretamente as palavras. Portanto, o problema hoje é que não temos meios de saber exatamente que vogais os hebreus usavam junto com as letras IHVH.

Para nos ajudar a entender o problema, pense na palavra “batalhão”. Suponhamos que no começo ela sempre tivesse sido escrita “btl”, e que, com o tempo, a palavra deixasse de ser pronunciada. Como, então, poderia uma pessoa que vivesse mil anos depois saber como pronunciar “btl” ao vê-la por escrito? Visto que nunca a ouvira ser pronunciada e não saberia que vogais constavam na palavra, ela não teria certeza. Algo similar se dá com o nome de Deus. Não se sabe exatamente como era pronunciado, embora alguns eruditos achem que “Javé” (“Iahweh”) seja a forma correta. No entanto, a forma “Jeová” já está em uso por muitos séculos e é a mais conhecida.

Mas, devemos usar o nome de Deus, embora não o pronunciemos exatamente assim como foi pronunciado originalmente? Ora, usamos os nomes de outras pessoas na Bíblia, embora não os pronunciemos assim como foram pronunciados no hebraico original. Por exemplo, o nome de Jesus é pronunciado “Iéxua” em hebraico. Do mesmo modo, é correto usar o nome de Deus, que é revelado na Bíblia, quer o pronunciemos “Javé”, quer “Jeová”, quer de outra forma comum na nossa língua. O que é errado é deixar de usar esse nome. Por quê? Porque os que não o usam não podem ser identificados junto com aqueles que Deus tira para serem “um povo para o seu nome”. (Atos 15:14) Não somente devemos conhecer o nome de Deus, mas devemos louvá-lo perante outros, assim como Jesus fez quando esteve na terra. — Mateus 6:9; João 17:6, 26.

DEUS COM UM PROPÓSITO

Embora possa ser difícil para nossa mente entender isso, Jeová nunca teve princípio e nunca terá fim. Ele é o “Rei da eternidade”. (Salmo 90:2; 1 Timóteo 1:17) Antes de começar a criar, Jeová estava completamente sozinho no espaço do universo. Todavia, não pode ter-se sentido solitário, porque é completo em si mesmo e não lhe falta nada. Foi o amor que o induziu a criar, a dar vida a outros, para o usufruto deles. As primeiras criações de Deus foram pessoas espirituais semelhantes a ele mesmo. Ele possuía uma grande organização de filhos espirituais mesmo já antes de se preparar a terra para os humanos. Jeová intencionou que tivessem grande deleite na vida e no serviço que lhes dera para fazer. — Jó 38:4, 7.

Quando a terra ficou preparada, Jeová colocou um casal, Adão e Eva, numa parte da terra já constituída em paraíso. Seu propósito era que tivessem filhos que lhe obedeceriam e o adorariam, e que ampliassem esse paraíso para abranger a terra inteira. (Gênesis 1:27, 28) No entanto, conforme já aprendemos, algo interferiu neste grandioso propósito. Adão e Eva escolheram desobedecer a Deus, e o propósito Dele não se cumpriu. Mas será cumprido, porque significaria admitir derrota se Jeová não realizasse o que se propôs fazer. E ele nunca faria isso! “Farei tudo o que for do meu agrado”, disse ele. “Eu até mesmo o falei; também o introduzirei.” — Isaías 46:10, 11.

Está vendo onde você pode enquadrar-se no propósito de Deus? Não é simplesmente fazer o que se deseja, sem tomar em consideração a vontade de Deus. Isto foi o que Satanás, Adão e Eva fizeram. Conheciam a vontade de Deus, mas não a fizeram. E Deus os responsabilizou por isso. Somos nós também responsáveis perante Deus? Sim, porque Deus é a Fonte de nossa vida. Nossa vida depende dele. (Salmo 36:9; Mateus 5:45) Então, até que ponto levamos nossa vida em harmonia com o propósito de Deus para nós? Devemos pensar seriamente nisso, porque nossa oportunidade de ter vida eterna depende disso.

COMO ADORAR A JEOVÁ

A maneira de adorarmos a Jeová é importante. Devemos adorá-lo da maneira como ele diz, embora possa ser diferente do que se nos ensinou. Por exemplo, alguns têm tido o costume de usar imagens na sua adoração. Talvez digam que não adoram as imagens, mas que vê-las e tocá-las ajuda-os a adorar a Deus. Mas, será que Deus quer que o adoremos com a ajuda de imagens?

Não, não quer. E, por este mesmo motivo, Moisés disse aos israelitas que Deus nunca lhes apareceu numa forma visível. (Deuteronômio 4:15-19) De fato, um dos Dez Mandamentos diz: “Não farás para ti escultura, nem imagem alguma . . . Não te prostrarás diante delas, nem as servirás.” (Êxodo 20:4, 5, versão católica do Pontifício Instituto Bíblico.) Apenas Jeová deve ser adorado. A Bíblia mostra vez após vez quão errado é fazer uma imagem ou curvar-se diante dela, ou adorar alguém ou alguma coisa que não seja Jeová. — Isaías 44:14-20; 46:6, 7; Salmo 115:4-8.

Portanto, conforme poderíamos esperar, Jesus nunca usou imagens na adoração. “Deus é Espírito”, explicou ele, “e os que o adoram têm de adorá-lo com espírito e verdade”. (João 4:24) Agindo em harmonia com este conselho, nenhum dos primitivos seguidores de Jesus usou imagens como ajudas na adoração. De fato, seu apóstolo Paulo escreveu: “Estamos andando pela fé, não pela vista.” (2 Coríntios 5:7) E seu apóstolo João advertiu: “Guardai-vos dos ídolos.” (1 João 5:21) Por que não olha em volta na sua casa e se pergunta se está seguindo este conselho? — Deuteronômio 7:25.

Adorarmos a Jeová, o Criador, do modo como ele manda certamente nos dá verdadeira felicidade. (Jeremias 14:22) A Bíblia mostra que os requisitos dele são para o nosso bem, visando nosso bem-estar eterno. É verdade que pode haver ocasiões em que não sabemos avaliar devidamente por que certa lei dada por Deus é tão importante ou como realmente resulta em nosso bem, em vista de nosso conhecimento e experiência limitados. Mas crermos firmemente que Deus sabe muito mais do que nós deve induzir-nos a obedecer-lhe de coração. (Salmo 19:7-11) Portanto, façamos todo o empenho em aprender tudo o que podemos sobre Jeová, aceitando o convite: “Entrai, adoremos e dobremo-nos; ajoelhemo-nos diante de Jeová, Aquele que nos fez. Pois ele é nosso Deus, e nós somos o povo do seu pasto e as ovelhas da sua mão.” — Salmo 95:6, 7.


 

Capítulo 5 - Procede a Bíblia realmente de Deus?

FORNECEU-NOS Jeová Deus informação sobre si mesmo? Disse-nos o que tem feito e o que ainda pretende fazer? O pai que ama seus filhos conta-lhes muitas coisas. E em vista do que vimos, Jeová é deveras um pai amoroso.

Como poderia Jeová dar informações aos humanos que vivem em muitas partes da terra e em períodos diferentes? Um bom modo seria mandar escrever um livro e depois cuidar de que estivesse disponível a todos. É a Bíblia tal livro procedente de Deus? Como podemos saber isso?

NENHUM OUTRO LIVRO É IGUAL À BÍBLIA

Se a Bíblia procede realmente de Deus, devemos esperar que ela seja o livro mais notável que já se escreveu. É ela isso? Sim, e por muitos motivos. Primeiro, é muito antiga; você não esperaria que a Palavra de Deus para toda a humanidade tivesse sido escrita há pouco tempo, não é verdade? A escrita dela começou há 3.500 anos, na língua hebraica. Depois, há mais de 2.200 anos, começou a ser traduzida para outros idiomas. Atualmente, quase todos na terra podem ler a Bíblia na sua própria língua.

Também, nenhum outro livro se aproxima da Bíblia quanto ao número de cópias que se fizeram dele. Certo livro talvez seja chamado de um dos “mais vendidos” quando apenas alguns milhares de exemplares dele são produzidos. No entanto, cada ano são impressos muitos milhões de Bíblias. E no decorrer dos séculos produziram-se bilhões de exemplares! Não há praticamente nenhum lugar na terra, não importa quão isolado seja, onde não se possa encontrar uma Bíblia. Não é isso o que você esperaria dum livro que realmente procede de Deus?

O que torna ainda mais notável esta grande divulgação da Bíblia é que inimigos tentaram destruí-la. Mas, não seria de esperar que um livro procedente de Deus sofresse ataques dos agentes do Diabo? Isto tem acontecido. As queimas de Bíblias antigamente eram comuns, e os que fossem apanhados lendo a Bíblia muitas vezes eram punidos com a morte.

Seria de esperar que um livro procedente de Deus tratasse de assuntos importantes que todos nós íamos querer conhecer. ‘Donde veio a vida?’ ‘Por que existimos?’ ‘Que trará o futuro?’ são algumas das perguntas a que ela responde. E ela diz claramente que a informação que contém procede de Jeová Deus. Certo escritor bíblico disse: “Foi o espírito de Jeová que falou por meu intermédio, e a sua palavra estava na minha língua.” (2 Samuel 23:2) Outro escreveu: “Toda a Escritura é inspirada por Deus.” (2 Timóteo 3:16) Visto que a Bíblia diz tão especificamente que ela é a Palavra de Deus, não seria sábio examinar se é mesmo?

COMO A BÍBLIA FOI ESCRITA

‘Mas, como pode a Bíblia proceder de Deus, se ela foi escrita por homens?’ talvez pergunte. É verdade, cerca de 40 homens participaram na escrita da Bíblia. Estes homens fizeram a própria escrita da Bíblia, com exceção dos Dez Mandamentos, que foram escritos pessoalmente por Deus em tábuas de pedra, pela ação direta de seu espírito santo. (Êxodo 31:18) Contudo, isso não faz com que aquilo que escreveram não seja a Palavra de Deus. A Bíblia explica: “Homens falaram da parte de Deus conforme eram movidos por espírito santo.” (2 Pedro 1:21) Sim, do mesmo modo como Deus usou seu poderoso espírito santo para criar os céus, a terra e todas as coisas viventes, ele o usou também para dirigir a escrita da Bíblia.

Isto significa que a Bíblia tem apenas um autor, Jeová Deus. Ele usou homens para assentar por escrito a informação, de maneira muito semelhante a como um empresário usa a secretária para escrever uma carta. A secretária escreve a carta, mas a carta contém os pensamentos e as idéias do empresário. De modo que a carta é dele, não da secretária, assim como a Bíblia é o Livro de Deus, não o livro dos homens usados para escrevê-la.

Visto que Deus criou a mente, ele por certo não achou difícil entrar em contato com a mente de seus servos, para dar-lhes a informação a ser escrita. Até mesmo hoje, alguém pode estar sentado em casa e receber mensagens dum lugar distante por meio de rádio ou de televisão. A voz ou a imagem percorre longas distâncias pelo uso das leis físicas que Deus criou. Portanto, pode-se compreender facilmente como Jeová, de seu lugar longínquo nos céus, podia dirigir homens para escrever a informação que queria transmitir à família humana.

O resultado foi um Livro maravilhoso. Na realidade, a Bíblia compõe-se de 66 livros pequenos. A palavra grega, biblia, da qual vem a palavra “Bíblia”, significa “livrinhos”. Esses livros, ou cartas, foram escritos durante um período de 1.600 anos, de 1513 A.E.C. a 98 E.C. Contudo, por terem apenas um só Autor, todos esses livros bíblicos têm harmonia entre si. O mesmo tema permeia todos eles, a saber, que Jeová Deus restabelecerá condições justas por meio de seu reino. O primeiro livro, Gênesis, fala sobre como se perdeu um lar paradísico por causa duma rebelião contra Deus, e o último livro, Revelação (ou Apocalipse), descreve como a terra será transformada novamente num paraíso pelo governo de Deus. — Gênesis 3:19, 23; Revelação 12:10; 21:3, 4.

Os primeiros 39 livros da Bíblia foram escritos principalmente na língua hebraica, com bem pequenos trechos em aramaico. Os últimos 27 livros foram escritos em grego, a língua comum das pessoas quando Jesus e seus seguidores cristãos estiveram na terra. Essas duas principais seções da Bíblia são corretamente chamadas de “Escrituras Hebraicas” e “Escrituras Gregas”. Mostrando que concordam entre si, as Escrituras Gregas citam as Escrituras Hebraicas mais de 365 vezes, e fazem cerca de 375 referências adicionais a elas.

A BÍBLIA COLOCADA À DISPOSIÇÃO DE TODOS

Se existissem apenas os escritos originais, como é que todos poderiam ler a Palavra de Deus? Não seria possível. Por isso, Jeová providenciou que se fizessem cópias dos escritos hebraicos originais. (Deuteronômio 17:18) Por exemplo, o homem Esdras é chamado de “copista destro da lei de Moisés, dada por Jeová, o Deus de Israel”. (Esdras 7:6) Fizeram-se também muitos milhares de cópias das Escrituras Gregas.

Sabe ler hebraico ou grego? Se não souber, não poderá ler as primitivas cópias manuscritas da Bíblia, das quais ainda há algumas em existência. Portanto, para que pudesse ler a Bíblia, alguém teve de verter as palavras numa língua que você conhece. A tradução de uma língua para outra tornou possível que mais pessoas lessem a Palavra de Deus. Por exemplo, uns 300 anos antes de Jesus viver na terra, o grego tornou-se a língua falada pela maioria das pessoas. Assim, as Escrituras Hebraicas foram traduzidas para o grego, a partir de 280 A.E.C. Esta primitiva tradução veio a ser chamada “Septuaginta” ou “Versão dos Setenta”.

Mais tarde, o latim tornou-se a língua comum de muitas pessoas, de modo que a Bíblia foi traduzida para o latim. Mas, com o passar dos séculos, eram cada vez menos os que falavam o latim. A maioria falava outras línguas, tais como o árabe, o francês, o espanhol, o português, o italiano, o alemão e o inglês. Durante algum tempo, os líderes religiosos católicos lutaram para impedir que a Bíblia fosse traduzida para a língua do povo comum. Eles até mesmo queimavam na estaca pessoas que possuíam a Bíblia. Fizeram isso porque a Bíblia expunha seus falsos ensinos e práticas más. Mas, com o tempo, esses líderes religiosos perderam a luta, e a Bíblia começou a ser vertida em muitas línguas e distribuída em grande número. Atualmente, a Bíblia pode ser lida, inteira ou em partes, em mais de 1.700 línguas!

Com o passar dos anos, produziram-se muitas traduções diferentes numa mesma língua. Por exemplo, em português há diversas traduções da Bíblia. Por quê? Não bastaria uma só? Acontece que, com o correr dos anos, a língua muda muito. De modo que se for comparar traduções da Bíblia mais antigas com traduções mais novas, você notará mudanças na linguagem. Embora contenham quase sempre a mesma idéia, notará que as traduções impressas em anos mais recentes em geral são mais fáceis de entender. Portanto, podemos ser gratos pelas novas traduções da Bíblia, visto que apresentam a Palavra de Deus na linguagem comum e fácil de entender da atualidade.

FOI A BÍBLIA ALTERADA?

Mas, talvez pergunte: ‘Que certeza podemos ter de que as nossas Bíblias, hoje em dia, contenham a mesma informação que os escritores bíblicos receberam de Deus?’ Não se introduziram erros por se copiarem e recopiarem os livros da Bíblia por centenas e mesmo milhares de anos? Sim, mas esses erros foram descobertos e corrigidos nas traduções modernas da Bíblia. Hoje, a informação é a mesma que a provida por Deus aos que primeiro a assentaram por escrito. Que prova há disso?

Pois bem, entre 1947 e 1955 foram descobertos os chamados Rolos do Mar Morto. Estes rolos antigos incluem cópias de livros das Escrituras Hebraicas. Datam de 100 a 200 anos antes de Jesus nascer. Um desses rolos é uma cópia do livro de Isaías. Antes de ser encontrado, a cópia mais antiga disponível do livro de Isaías, em hebraico, era uma produzida quase 1.000 anos depois de Jesus nascer. Quando estas duas cópias de Isaías foram comparadas, havia entre elas apenas diferenças bem pequenas, a maioria das quais eram pequenas variações na grafia! Isto significa que em mais de 1.000 anos de copiar não ocorreu nenhuma mudança real!

Há mais de 1.700 cópias antigas de diversas partes das Escrituras Hebraicas disponíveis. A comparação cuidadosa dessas muitas cópias bem antigas possibilita encontrar até mesmo os poucos enganos cometidos pelos copistas e corrigi-los. Também, há milhares de cópias bem antigas das Escrituras Gregas, algumas delas remontando quase ao tempo de Jesus e de seus apóstolos. Assim, como disse Sir Frederic Kenyon: “A última base para qualquer dúvida de que as Escrituras chegaram até nós substancialmente como foram escritas foi agora removida.” — A Bíblia e a Arqueologia, páginas 288, 289, em inglês.

Isto não significa que não tenha havido tentativas de alterar a Palavra de Deus. Houve tais tentativas. Um notável exemplo é o texto de 1 João 5:7. Na antiga versão Almeida (ed. rev. e cor.), o texto reza: “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um.” Mas, essas palavras não aparecem em nenhuma das cópias bem antigas da Bíblia. Foram acrescentadas por alguém que estava tentando dar apoio ao ensino da Trindade. Visto que é evidente que essas palavras não fazem realmente parte da Palavra de Deus, fizeram-se correções e tais palavras não aparecem nas Bíblias mais recentes.

Portanto, quem disser que a Bíblia não contém a mesma informação que continha quando foi originalmente escrita desconhece os fatos. Jeová Deus cuidou de que sua Palavra fosse protegida não só contra os erros dos copistas, mas também contra as tentativas de outros de fazerem acréscimos a ela. A própria Bíblia contém a promessa de Deus, de que sua Palavra seria mantida numa forma pura para nós, hoje. — Salmo 12:6; Daniel 12:4; 1 Pedro 1:24, 25; Revelação 22:18, 19.

É A BÍBLIA REALMENTE VERAZ?

Jesus Cristo disse em oração a Deus: “A tua palavra é a verdade.” (João 17:17) Mas é isso apoiado pelos fatos? Quando se examina a Bíblia com cuidado, confirma-se que ela realmente é veraz? Estudantes de história, que têm estudado a Bíblia, muitas vezes ficam pasmados com a exatidão dela. A Bíblia contém nomes específicos e pormenores que podem ser confirmados. Veja alguns exemplos.

Olhe para os desenhos e a escrita nesta parede dum templo em Carnac, no Egito. Eles contam a vitória do Faraó Sisaque sobre o reino de Judá, há quase 3.000 anos, durante o governo do filho de Salomão, Roboão. A Bíblia nos fala sobre o mesmo acontecimento. — 1 Reis 14:25, 26.
23 Veja também a Pedra Moabita. A pedra original pode ser vista no Museu do Louvre, em Paris, na França. A escrita fala sobre a rebelião do Rei Mesa, de Moabe, contra Israel. Este acontecimento também é relatado na Bíblia. — 2 Reis 1:1; 3:4-27.

O reservatório de Siloé e a entrada dum túnel de água de 533 metros de extensão em Jerusalém podem ser vistos aqui na extrema direita. Muitos dos atuais visitantes de Jerusalém atravessaram este túnel andando no meio da água. Sua existência é prova adicional de que a Bíblia é veraz. Em que sentido? É porque a Bíblia explica que o Rei Ezequias mandou construir este túnel há mais de 2.500 anos para proteger seu suprimento de água contra um exército invasor. — 2 Reis 20:20; 2 Crônicas 32:2-4, 30.

No Museu Britânico, o visitante pode ver a Crônica de Nabonido, cuja cópia pode ver à direita. Ela descreve a queda da antiga Babilônia, assim como também faz a Bíblia. (Daniel 5:30, 31) Mas a Bíblia diz que Belsazar era então o Rei de Babilônia. Todavia, a Crônica de Nabonido nem inclui o nome de Belsazar. De fato, antigamente, todos os antigos escritos conhecidos diziam que Nabonido foi o último Rei de Babilônia. De modo que alguns que disseram que a Bíblia não é verídica afirmaram que Belsazar nunca existiu e que a Bíblia estava errada. Mas, nos últimos anos, encontraram-se escritos antigos que identificam Belsazar como filho de Nabonido e co-regente de seu pai em Babilônia, naquele tempo! Sim, a Bíblia realmente é veraz, conforme provam tantos e tantos exemplos.

Contudo, a Bíblia não contém apenas história verdadeira. Tudo o que ela diz é verdadeiro. Mesmo quando trata de assuntos de ciência, ela é espantosamente exata. Para citar apenas dois exemplos: Na antigüidade era crença comum que a terra tinha algum apoio visível, que ela repousava sobre alguma coisa, tal como um gigante. A Bíblia, porém, em perfeito acordo com a evidência científica, relata que Deus “suspende a terra sobre o nada”. (Jó 26:7) E em vez de dizer que a terra é plana, conforme muitos criam no passado, a Bíblia diz que Deus “mora acima do círculo da terra”. — Isaías 40:22.

Todavia, a maior prova de que a Bíblia procede mesmo de Deus é sua perfeita atuação em predizer o futuro. Nenhum livro escrito por homens relata com exatidão a história antes de ela acontecer; mas a Bíblia faz isso. Ela está cheia de profecias exatas, sim, de história realmente escrita de antemão. Algumas das mais notáveis delas referem-se à vinda do Filho de Deus à terra. As Escrituras Hebraicas predisseram com exatidão, com centenas de anos de antecedência, que este Prometido nasceria em Belém, que nasceria duma virgem, que seria traído por 30 moedas de prata, que seria contado com os pecadores, que nenhum dos ossos do seu corpo seria quebrado, que se lançaria a sorte sobre a sua vestimenta, e muitos, muitos outros pormenores. — Miquéias 5:2; Mateus 2:3-9; Isaías 7:14; Mateus 1:22, 23; Zacarias 11:12, 13; Mateus 27:3-5, Isaías 53:12; Lucas 22:37, 52, 23:32, 33; Salmo 34:20; João 19:36; Salmo 22:18; Mateus 27:35.

Como já se disse no primeiro capítulo deste livro, a Bíblia prediz também que este velho sistema de coisas acabará em breve e será substituído por um novo, justo. (Mateus 24:3-14; 2 Pedro 3:7, 13) Podemos confiar em tais profecias ainda por se cumprir? Ora, se alguém lhe falasse a verdade uma centena de vezes, será que de repente duvidaria dele quando lhe contasse algo novo? Se nunca o viu estar errado, começaria agora a duvidar dele? Isso seria muito desarrazoado! Do mesmo modo, não há motivo para duvidarmos de qualquer coisa que Deus promete na Bíblia. Pode-se confiar na sua Palavra! (Tito 1:2) Por continuar a estudar a Bíblia, você também ficará cada vez mais convencido pelos fatos de que a Bíblia procede mesmo de Deus.


 

Capítulo 6 - Jesus Cristo — enviado por Deus?

HOJE em dia, quase todos já ouviram falar de Jesus Cristo. Sua influência sobre a História foi maior do que a de qualquer outro homem. De fato, o próprio calendário usado na maior parte do mundo se baseia no ano em que ele supostamente nasceu! Conforme diz a Enciclopédia Mundial do Livro (em inglês): “As datas antes daquele ano são alistadas como A.C., ou antes de Cristo. As datas depois daquele ano são alistadas A.D., ou anno Domini (no ano de nosso Senhor).”

Portanto, Jesus não foi um personagem imaginário. Viveu realmente como homem na terra. “Nos tempos antigos, nem mesmo os opositores do cristianismo duvidavam [da existência real] de Jesus”, observa a Encyclopedia Britannica. Então, quem era esse Jesus? Foi realmente enviado por Deus? Por que é tão bem conhecido?
JÁ VIVERA ANTES

Dessemelhante de qualquer outro humano, Jesus nasceu duma virgem. O nome dela era Maria. Um anjo disse a respeito do filho dela: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo.” (Lucas 1:28-33; Mateus 1:20-25) Mas, como podia uma mulher que nunca tivera relações sexuais com um homem ter um filho? Isto se deu por meio do espírito santo de Deus. Jeová transferiu a vida de seu poderoso Filho espiritual desde o céu para o ventre da virgem Maria. Foi um milagre! Aquele que fez a primeira mulher com a maravilhosa capacidade de ter filhos certamente podia fazer uma mulher ter um filho sem a intervenção dum pai humano. A Bíblia explica: “Quando chegou o pleno limite do tempo, Deus enviou o seu Filho, que veio a proceder duma mulher.” — Gálatas 4:4.

Assim, antes de nascer na terra como humano, Jesus estivera no céu como poderosa pessoa espiritual. Possuíra um corpo espiritual, invisível ao homem, assim como Deus possui. (João 4:24) O próprio Jesus falou muitas vezes sobre a elevada posição que ocupara no céu. Certa vez, ele orou: “Pai, glorifica-me junto de ti com a glória que eu tive junto de ti antes de haver mundo.” (João 17:5) Ele disse também aos seus ouvintes: “Vós sois dos domínios de baixo; eu sou dos domínios de cima.” “Que seria, portanto, se observásseis o Filho do homem ascender para onde estava antes?” “Antes de Abraão vir à existência, eu tenho sido.” — João 8:23; 6:62; 8:58; 3:13; 6:51.

Antes de vir à terra, Jesus era chamado a Palavra (ou o Verbo) de Deus. Este título mostra que ele servia no céu como porta-voz de Deus. É também chamado “Primogênito” de Deus, bem como seu Filho “unigênito”. (João 1:14; 3:16; Hebreus 1:6) Isto significa que ele foi criado antes de todos os outros filhos espirituais de Deus e que é o único criado diretamente por Deus. A Bíblia explica que este Filho “primogênito” participou junto com Jeová em criar todas as outras coisas. (Colossenses 1:15, 16) De modo que, quando Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem”, ele estava falando a este Filho. Sim, aquele que mais tarde veio à terra e nasceu duma mulher, participara na criação de todas as coisas! Já vivera no céu com seu Pai por um número desconhecido de anos! — Gênesis 1:26; Provérbios 8:22, 30; João 1:3.

SUA VIDA NA TERRA

Maria fora prometida em casamento a José. Mas, quando este soube que ela estava grávida, achou que havia tido relações sexuais com outro homem, e, por isso, não ia desposá-la. Todavia, quando Jeová lhe disse que o filho fora concebido por meio de Seu espírito santo, José tomou Maria por esposa. (Mateus 1:18-20, 24, 25) Mais tarde, enquanto visitavam Belém, nasceu Jesus. (Lucas 2:1-7; Miquéias 5:2) Quando Jesus ainda era menino, o Rei Herodes tentou matá-lo. Mas Jeová avisou José, de modo que este tomou sua família e fugiu para o Egito. Após a morte do Rei Herodes, José e Maria voltaram com Jesus à cidade de Nazaré, na Galiléia. Ali Jesus se criou. — Mateus 2:13-15, 19-23.

Quando Jesus tinha 12 anos de idade, viajou com sua família a Jerusalém, para assistir à celebração especial chamada Páscoa. Durante a sua permanência ali, passou três dias no templo, escutando os instrutores e fazendo-lhes perguntas. Todos os que o ouviam ficavam surpresos com o quanto ele sabia. (Lucas 2:41-52) Enquanto Jesus se criava em Nazaré, aprendeu a ser carpinteiro. Sem dúvida, foi instruído a fazer este trabalho pelo seu padrasto, José, que também era carpinteiro. — Marcos 6:3; Mateus 13:55.

Aos 30 anos de idade, houve uma grande mudança na vida de Jesus. Ele se dirigiu a João, o Batizador, e pediu para que fosse batizado, que fosse completamente imerso na água do rio Jordão. A Bíblia relata: “Depois de ter sido batizado, saiu imediatamente da água; e eis que os céus se abriram e ele viu o espírito de Deus descendo sobre ele como pomba. Eis que também houve uma voz dos céus, que disse: ‘Este é meu Filho, o amado, a quem tenho aprovado.’” (Mateus 3:16, 17) Não podia haver dúvida na mente de João de que Jesus fora enviado por Deus.

Jeová, por derramar Seu espírito santo sobre Jesus, ungiu-o e designou-o para ser o Rei de Seu vindouro reino. Jesus, assim ungido com o espírito, tornou-se o “Messias” ou o “Cristo”, palavras que em hebraico e grego significam “Ungido”. Tornou-se assim, de fato, Jesus Cristo, ou Jesus, o Ungido. De modo que seu apóstolo Pedro falou sobre “Jesus, que era de Nazaré, como Deus o ungiu com espírito santo e poder”. (Atos 10:38) Também, pelo seu batismo em água, Jesus se apresentou a Deus para fazer a obra que Deus lhe dera para realizar na terra. Qual era essa obra importante?

POR QUE VEIO À TERRA

Explicando por que viera à terra, Jesus disse ao governador romano, Pôncio Pilatos: “Para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade.” (João 18:37) Mas, Jesus foi enviado à terra para divulgar que verdades específicas? Primeiro, as verdades sobre seu Pai celestial. Ensinou os seus seguidores a orar para que o nome de seu Pai fosse “santificado” ou mantido sagrado. (Mateus 6:9) E ele orou: “Tenho feito manifesto o teu nome aos homens que me deste.” (João 17:6) Disse também: “Tenho de declarar as boas novas do reino de Deus . . . porque fui enviado para isso.” — Lucas 4:43.

Quão importante foi para Jesus esta obra de divulgar o nome e o reino de seu Pai? Ele disse aos seus discípulos: “Meu alimento é eu fazer a vontade daquele que me enviou e terminar a sua obra.” (João 4:34) Por que achava Jesus que a obra de Deus era tão importante como o alimento? Era porque o Reino é o instrumento pelo qual Deus cumprirá seus maravilhosos propósitos para com a humanidade. É esse reino que destruirá toda a iniqüidade e livrará o nome de Jeová de todo o vitupério lançado sobre ele. (Daniel 2:44; Revelação [Apocalipse] 21:3, 4) Por isso, Jesus nunca se refreou de tornar conhecido o nome e o reino de Deus. (Mateus 4:17; Lucas 8:1; João 17:26; Hebreus 2:12) Sempre falou a verdade, quer fosse popular, quer não. Deu assim exemplo que devemos imitar, se quisermos agradar a Deus. — 1 Pedro 2:21.

No entanto, a fim de possibilitar que obtenhamos a vida eterna sob o governo do reino de Deus, Jesus teve de derramar seu sangue vital na morte. Conforme disseram dois dos apóstolos de Jesus: “Fomos declarados justos pelo seu sangue.” “O sangue de Jesus, . . . Filho [de Deus], purifica-nos de todo o pecado.” (Romanos 5:9; 1 João 1:7) Assim, um motivo importante de Jesus vir à terra foi o de morrer por nós. Ele disse: “O Filho do homem não veio para que se lhe ministrasse, mas para ministrar e dar a sua alma [ou: vida] como resgate em troca de muitos.” (Mateus 20:28) Mas que significa ter Cristo dado a sua vida “como resgate”? Por que era necessário para a nossa salvação que derramasse seu sangue vital na morte?

ELE DEU A SUA VIDA COMO RESGATE

A palavra “resgate” é muitas vezes usada quando ocorre um seqüestro ou rapto. Quando o seqüestrador rapta alguém, ele talvez diga que devolverá a pessoa, se receber certa quantia em dinheiro como resgate. De modo que o resgate é algo que produz o livramento da pessoa seqüestrada. É algo a ser pago, para que ela não perca a vida. A perfeita vida humana de Jesus foi entregue para se obter o livramento da humanidade da servidão ao pecado e à morte. (1 Pedro 1:18, 19; Efésios 1:7) Por que houve necessidade de tal livramento?

Isto se deu porque Adão, antepassado de todos nós, se rebelou contra Deus. Seu ato violador da lei transformou-o assim em pecador, visto que a Bíblia explica que “o pecado é aquilo que é contra a lei”. (1 João 3:4; 5:17) Em resultado disso, não era mais digno de receber o dom da vida eterna por Deus. (Romanos 6:23) Adão perdeu assim para si mesmo a vida humana perfeita na terra paradísica. Perdeu também esta maravilhosa perspectiva para todos os filhos que gerasse. Talvez pergunte: ‘Mas, por que é que todos os filhos dele tiveram de morrer, visto que foi Adão quem pecou?’

Isto se dá porque, quando Adão se tornou pecador, transmitiu o pecado e a morte a seus filhos, que incluem todos os humanos hoje vivos. (Jó 14:4; Romanos 5:12) “Todos pecaram e não atingem a glória de Deus”, diz a Bíblia. (Romanos 3:23; 1 Reis 8:46) Até mesmo o piedoso Davi disse: “Em erro fui dado à luz com dores de parto, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Salmo 51:5) Por isso, as pessoas morrem por causa do pecado herdado de Adão. Então, como foi possível que o sacrifício da vida de Jesus libertasse a todos da servidão ao pecado e à morte?

Isto envolve um princípio jurídico da lei de Deus para a nação de Israel. Ela diz que ‘se deve dar vida por vida’. (Êxodo 21:23; Deuteronômio 19:21) O perfeito homem Adão, pela sua desobediência, perdeu a vida perfeita na terra paradísica para si mesmo e para todos os seus filhos. Jesus Cristo deu a sua própria vida perfeita para comprar de volta o que Adão perdera. Sim, Jesus “se entregou como resgate correspondente por todos”. (1 Timóteo 2:5, 6) Visto que era homem perfeito, assim como Adão fora, Jesus é chamado “o último Adão”. (1 Coríntios 15:45) Nenhum outro humano, além de Jesus, poderia ter provido o resgate. Isto se dá porque Jesus é o único homem que já viveu que era equivalente a Adão como filho humano perfeito de Deus. — Salmo 49:7; Lucas 1:32; 3:38.

Jesus morreu aos 33 anos e meio de idade. Mas no terceiro dia após a sua morte ele foi ressuscitado. Quarenta dias mais tarde, retornou ao céu. (Atos 1:3, 9-11) Ali, novamente como pessoa espiritual, ele compareceu “por nós perante a pessoa de Deus”, levando consigo o valor de seu sacrifício resgatador. (Hebreus 9:12, 24) Nesta ocasião foi pago o resgate a Deus no céu. A libertação estava assim disponível para a humanidade. Mas, quando se obterão os seus benefícios?

O resgate de Jesus pode beneficiar-nos desde já. Como? Por termos fé no resgate, podemos usufruir uma condição limpa perante Deus e passar a estar sob o seu cuidado terno e amoroso. (Revelação 7:9, 10, 13-15) Muitos de nós talvez tenhamos cometido pecados terríveis antes de sabermos algo sobre Deus. E até mesmo agora cometemos erros, às vezes bastante sérios. Mas podemos livremente buscar o perdão de Deus à base do resgate, com a confiança de que ele nos ouvirá. (1 João 2:1, 2; 1 Coríntios 6:9-11) Também, nos dias à frente, o resgate abrirá para nós o caminho para recebermos a dádiva da vida eterna por Deus, no seu novo mundo justo. (2 Pedro 3:13) Naquele tempo, todos os que tiverem fé no resgate serão totalmente libertos da servidão ao pecado e à morte. Poderão esperar viver para sempre em perfeição!

Que acha agora do resgate, depois de saber dele? Não lhe acalenta o coração para com Jeová Deus o fato de saber que ele se importa tanto com você que deu seu querido Filho em seu favor? (João 3:16; 1 João 4:9, 10) Mas, pense também no amor de Cristo. Ele veio voluntariamente à terra, a fim de morrer por nós. Não devemos ser gratos por isso? O apóstolo Paulo explicou como devemos mostrar nossa gratidão, dizendo: “Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivessem mais para si mesmos, mas para aquele que morreu por eles e foi levantado.” (2 Coríntios 5:14, 15) Mostrará você a sua gratidão por usar sua vida para servir a Deus e ao Filho celestial dele, Jesus Cristo?

POR QUE JESUS REALIZOU MILAGRES

Jesus é bem conhecido pelos milagres que realizou. Tinha um profundo sentimento pelas pessoas atribuladas e estava ansioso de usar seus poderes dados por Deus para ajudá-las. Por exemplo, certo homem que sofria duma terrível doença, a lepra, chegou-se a ele e disse: “Se apenas quiseres, podes tornar-me limpo.” Jesus “penalizou-se, e, estendendo a mão, tocou nele e disse-lhe: ‘Eu quero. Torna-te limpo.’” E o doente foi curado! — Marcos 1:40-42.

Considere outra cena bíblica e imagine a ternura de Jesus para com as pessoas descritas: “Aproximaram-se-lhe então grandes multidões, trazendo coxos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros, e quase que os lançavam aos seus pés, e ele os curava; de modo que a multidão ficou pasmada de ver os mudos falar, e os coxos andar, e os cegos ver, e glorificavam o Deus de Israel.” — Mateus 15:30, 31.

Que Jesus realmente se importava com essas pessoas sofredoras e deveras queria ajudá-las pode ser visto pelo que disse a seguir aos seus discípulos. Ele disse: “Tenho pena da multidão, porque já faz três dias que ficaram comigo e não têm nada para comer; e eu não quero mandá-los embora em jejum. Poderiam desfalecer pela estrada.” Portanto, com apenas sete pães e uns peixinhos, Jesus alimentou milagrosamente “quatro mil homens, além de mulheres e criancinhas”. — Mateus 15:32-38.

Em outra ocasião, Jesus encontrou-se com um cortejo fúnebre que saía da cidade de Naim. A Bíblia descreve isso, dizendo: “Eis que um morto estava sendo carregado para fora, o filho unigênito de sua mãe. Além disso, ela era viúva. . . . E, avistando-a o Senhor, teve pena dela.” Sentia profundamente o pesar dela. Assim, dirigindo-se ao cadáver, Jesus ordenou: “Jovem, eu te digo: Levanta-te!” E milagre dos milagres! “O morto sentou-se e principiou a falar, e ele o entregou à sua mãe.” Imagine como essa mãe deve ter-se sentido! Como se sentiria você? A notícia sobre este acontecimento notável espalhou-se em toda a parte. Não é de admirar que Jesus ficasse tão bem conhecido. — Lucas 7:11-17.

Todavia, os milagres realizados por Jesus eram apenas de natureza temporária. Os curados tiveram novamente problemas físicos. E os ressuscitados morreram outra vez. Mas os milagres de Jesus provaram que ele fora enviado por Deus, que realmente era o Filho de Deus. E provaram que, com o poder de Deus, todos os problemas humanos podem ser solucionados. Sim, mostraram em pequena escala o que acontecerá na terra sob o reino de Deus. Naquele tempo, os famintos serão alimentados, os doentes serão curados e até mesmo os mortos serão ressuscitados! E a doença, a morte e outros problemas nunca mais causarão infelicidade. Que bênção isso será! — Revelação 21:3, 4; Mateus 11:4, 5.

O GOVERNANTE DO REINO DE DEUS

A vida do Filho de Deus divide-se em três partes. A primeira, o número desconhecido de anos que ele passou com seu Pai no céu, antes de se tornar humano. A segunda, os 33 anos e meio que passou na terra, após seu nascimento. E agora, sua vida novamente no céu, como pessoa espiritual. Que posição ocupa no céu desde a sua ressurreição?

É evidente que Jesus haveria de tornar-se rei. Até mesmo o anjo anunciou a Maria: “Ele reinará . . . para sempre, e não haverá fim do seu reino.” (Lucas 1:33) Durante o seu ministério terrestre, ele falava sempre sobre o reino de Deus. Ensinou aos seus seguidores a orar: “Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra.” E exortou-os: “Persisti, pois, em buscar primeiro o reino.” (Mateus 6:10, 33) Pela sua fidelidade na terra, Jesus mostrou que era digno de ser o Rei do reino de Deus. Começou ele a reinar assim que voltou para o céu?

Não, não começou. O apóstolo Paulo citou o Salmo 110:1, explicando: “Este homem [Jesus] ofereceu um só sacrifício pelos pecados, perpetuamente, e se assentou à direita de Deus, daí em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo dos seus pés.” (Hebreus 10:12, 13) Jesus estava aguardando a ordem de Jeová: “Subjuga no meio dos teus inimigos.” (Salmo 110:2) Quando este tempo chegou, começou a agir por expulsar Satanás e seus anjos dos céus. O resultado daquela guerra no céu é declarado nas seguintes palavras: “Agora se realizou a salvação, e o poder, e o reino de nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, porque foi lançado para baixo o acusador dos nossos irmãos, o qual os acusa dia e noite perante o nosso Deus!” (Revelação 12:10) Conforme já vimos num capítulo anterior deste livro, os fatos mostram que esta guerra no céu já ocorreu e que Jesus Cristo está agora reinando no meio dos seus inimigos.

Muito em breve, Cristo e seus anjos celestiais agirão para livrar a terra de todos os atuais governos do mundo. (Daniel 2:44, Revelação 17:14) A Bíblia diz que ele tem “uma longa espada afiada, para que golpeie com ela as nações, e ele as pastoreará com vara de ferro”. (Revelação 19:11-16) Para sermos dignos de proteção durante esta vindoura destruição, temos de ter fé em Jesus Cristo. (João 3:36) Temos de tornar-nos seus discípulos e sujeitar-nos a ele, como nosso Rei celestial. Fará isso?

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